Completando 18 anos e fazendo uma cirurgia plástica de redução de mamas

Assim como muitas adolescentes, Mackenzie Langan adora ir às compras, mas seus passeios costumavam acabar em lágrimas.

Mackenzie é uma estudante morena e pequena, com cerca de 1,5 metros de altura, mas suas mamas eram muito grandes para seu tamanho. Isso tornava difícil encontrar roupas que servissem nela.

“É bom ter mamas grandes e muitas pessoas dizem que eu tenho sorte por isso”, afirma Mackenzie em entrevista para o Yahoo News. “Mas eu tenho dores nas costas e nos ombros, além do inchaço causado nos ombros. Eu tenho problemas para encontrar roupas. Tenho todas estas dificuldades”, completa a estudante.

Mackenzie decidiu optar por uma cirurgia plástica de redução de mamas quando completou 18 anos.

“Alguém me disse que eu estava indo contra Deus, que me deu esta benção, e eu não deveria fazer ir adiante com a cirurgia plástica, que eu era muito jovem para esta decisão e que não deveria considerar um procedimento nesta idade”, ela recorda. “E eu gostaria de dizer a eles que não me importa sua opinião porque, no fim das contas, é o meu corpo”, completa Mackenzie.

A estudante está longe de ser a única a tomar uma decisão destas. Cirurgias plásticas de redução de mama aumentaram 157% nos EUA entre 1997 e 2013, de acordo com dados da ASAPS. Entre as causas há quem defenda que as garotas de hoje estão entrando mais cedo na puberdade, quem aponte para a epidemia da obesidade ou para as alterações hormonais causadas pela alimentação. Alguns especialistas também afirma quem o aumento é reflexo da evolução da cirurgia plástica na prevenção das cicatrizes e na segurança do procedimento.

Com cada vez mais jovens buscando a cirurgia plástica questões surgem, como se adolescentes como Mackenzie são velhas o suficiente para compreender os riscos potenciais deste procedimento, como cicatrizes, perda de sensibilidade nos mamilos e incapacidade de amamentar.

Para a estudante de 18 anos os benefícios superam os riscos.

“Os riscos causam medo, mas estou pronta para assumi-los e dar este passo porque acredito que no fim valerá a pena”, afirma Mackenzie.

Ela avalia que o tamanho de suas mamas tiveram um preço físico e emocional desde cedo em sua adolescência. Mackenzie sofria com dores nas costas constantemente, não conseguia praticar esportes que ela queria e o atrito do sutiã no ombro causava sangramentos.

“Acho que a pior parte sobre isso para mim foi socialmente e como estar apenas andando na rua ou andando pelo corredor na escola”, disse Mackenzie. “Ser conhecida no primeiro ano como ‘a menina com os peitos gigantes’ ou ter garotos querendo sair comigo porque eu tenho peitos … Isso me dá um monte de problemas de auto-confiança, porque eu sinto que eu não posso confiar nas pessoas”, explica Mackenzie. “Eu queria ser normal, parecer com uma garota normal”, completa a estudante.

Para realizar sua cirurgia plástica, Mackenzie foi com a mãe ao Boston Children’s Hospital para encontrar o Dr. Brian Labow, um dos maiores especialistas americanos em mamoplastias redutoras em adolescentes.

“Vemos pacientes com 12 ou 13 anos, mas isso é raro. A média de idade dos pacientes é de 18 anos”, afirma Dr. Labow, um dos poucos cirurgiões plásticos especializados nestes casos, que exigem cuidados especiais. “Há pacientes com 15 ou 16 anos que apresentam mais maturidade do que outros com 18 anos. Não é apenas a idade que determina isso”, diz o especialista.

Parte da equação também está no aspecto físico, como as constantes dores nas costas que atormentavam Mackenzie.

“Não é apenas a angústia adolescente. Estes pacientes simplesmente não têm a mesma qualidade de vida. Isso é algo sério”, crava o Dr. Labow. “Estes pacientes estão entre os mais felizes, isso se não forem os mais, de quem trato. Eu diria que 99,9% ficam extasiados, a taxa é muito alta nestes pacientes”, completa o cirurgião plástico americano.

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Mackenzie passou por uma cirurgia plástica de quatro horas e reduziu o tamanho de suas mamas. O Dr. Lebow ressalta que ela poderá ter que verificar as condições de amamentação no futuro, mas sua qualidade de vida aumentará muito. “Fará uma grande diferença para ela. Eu penso que ela notará a diferença nos ombros, costas e pescoço. Ela se sentirá mais leve imediatamente”, esclarece.

“Eu realmente não sinti nada diferente até que eu fui ao médico hoje e eu olhei para baixo e foi como, ‘Oh meu Deus, eles se foram’”, disse Mackenzie. “Minha dor nas costas se foi, o que é como a melhor coisa do mundo. Eu posso sentar ereta sem chorar, porque minhas costas sempre machucavam. E eu me sinto completamente nova e isso é ótimo”, finaliza a estudante.

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